terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Take That, DJ!

Ele sempre foi o meu favorito, e embora não tenha regresso com os quatro, como quem grita “Take That!”, para mim Robbie Williams é mesmo o senhor. Entretenimento. Puro. Como na cabine também deve ser.

Perguntam-me muitas vezes porque é que alguns Dj’s chegam lá e outros nem tanto.
Perguntam-me até como é que replicando os mesmos temas na mesma ordem uns são reis e outros apenas lacaios de um império musical que não quer ninguém sentado no trono, porque é a dançar que se consegue a coroa.

A palavra é comum, curta e transversal a várias áreas da sociedade: carisma. Há os que têm e os que não têm. Há os que tentam fingir, os que copiam e os que simplesmente mantêm os olhos na parafernália de botões que têm de dominar e se esquecem que “quem não comunica, se estripa!”.

O ano que acaba de dizer adeus teve um pouco de tudo, prémios merecidos, passagens dos melhores do mundo por Portugal, namoros de Dj’s com celebridades e a consolidação de alguns nomes no mercado que além da técnica e do gosto musical, dominam realmente essa que é a arte de comunicar. Assim num género de “Take That! Aprendam que eu não duro sempre e olhar nos olhos o publico que se tem à frente é meio caminho andado para ganhar a multidão!”

É que… quando saímos de casa dispostos a ouvir um DJ, queremos musica, sim, mas queremos mais do que isso, puder ver o artista em questão. E não queremos ver um Dj triste e deprimido. Queremos festa. A festa pura. As palmas, os refrões cantados aos gritos, os braços no ar: um conceito total de entretenimento.
É por isso que há os que sobem cada vez mais degraus, nacional e internacionalmente, e os que se perdem entre discos e técnicas que, embora essenciais, não chegam para marcar a diferença. E estes, os que a marcam, fazem história num país de naturais maldizentes velhos do Restelo aos quais só restam restolhos de fama e nenhum proveito.

Aproveito, para afirmar que um Dj o é mais completo quanto mais comunicar com o seu publico. Porque a música não é um canal único. A música tem um emissor e um receptor e os pólos têm de estar em sintonia para que possamos chegar a casa com aquela sensação que nos faz dizer: “esta noite é que foi!”.

Esta é a frase que eu quero repetir todas as noites até ao final de 2009, e se pelo caminho alguém me conseguir um autógrafo do Robbie Williams ficarei eternamente agradecida. E que além de comunicador, amigos, aquilo é que é um pedaço… de carne! (e não o que a minha mãe compra no talho!!!!)