quinta-feira, 17 de junho de 2010

AKA

Ando (um) Kito Aparvalhada.


Há dias que acordo sem saber quem é quem numa amalgama de AKAs que me confundem os desejos de ouvir boa música.
Na verdade, há muito que este assunto me perturba: o dos DJ's que trocam de e passam a ser As Known As, com inglesismos que, muitas vezes, não têm qualquer tipo de lógica.... Sequer a linguística.

Este é mesmo um puzzle sobre o qual vale a pena reflectir.
Realmente, digamos, que José Manuel não é um daqueles nomes muito sonantes para um DJ que se procura afirmar, mas não é a transformar isso num Johnny Michael que as datas vão começar a cair.
Eventualmente, seria necessário não cair no ridiculo e evitar a qualquer custo escolher AKAs sem qualquer sentido e, ainda mais do que isso, sem qualquer sentido de ética.

Escusado será ir buscar os inumeros paralelismos com "Zouk" que andam por aí, quando DJs como o Emanuel se vêm obrigados a alterar o nome porque de repente já ninguém sabe quem é quem. (Emanuel agora assina D'Imannu Emanuel para que não existam mais dúvidas).
Igualmente populares são os Soul: Brothers, United, Matter, System, House... A baralhação é tal que numa altura em que me dizem que cada vez menos se aposta nos flyers é que começamos mesmo a precisar deles. Caso contrário nunca chegaremos a perceber ao certo quem estará na cabine do Club que escolhemos para mais uma noite que queremos unica.
Cereja no topo do bolo desta questão, que poderia ter apenas a ver com a vontade de internacionalizar uma marca (mas que é só um caso de usurpação), são as nomenclaturas a lembrar alguns Top DJs internacionais. Escuso-me a exemplos porque são tantos que seria até de mau gosto deixar alguém de fora.

Estrategicamente um nome "sonante" é uma boa forma de vender um produto, mas numa altura que nada se inventa, esperemos que mais ninguém se transforme somente em (mais um) mau exemplo do que é o mercado português.