sexta-feira, 2 de abril de 2010

O cursor que pisca

É realmente irritante quando queremos escrever uma crónica e confiamos na nossa capacidade de o fazer nos ultimos tres minutos antes de acabar o deadline da edição.
Fico a olhar para o cursor a piscar incessantemente enquanto vários temas passam pela minha cabeça a mais, a muito mais, de 120 kms/hora. Nem sequer tenho tempo de os multar por serem muito bons, ou maus que dói.
Penso em escrever sobre wannabes, sobre bonecos e cd's pendurados em retrovisores de carros geralmente vermelhos e um nadinha rebaixados, penso em escrever sobre os mais estúpidos akas que os DJs escolhem nos dias de hoje. Mas nada me agrada. Já vos aconteceu o mesmo?
É assim um genero de sabado à noite em que começamos por sair não completamente convencidas do modelo que escolhemos. Depois percebemos que o nosso restaurante favorito está cheio e quando entramos na segunda escolha, ficamos com a pior mesa e inevitavelmete optamos por aquele prato que ainda não tentamos e que consiste num micro pedaço de carne e dois montinhos de grelhos que vão acabar por enfeitiçar muito do ambiente à nossa volta ao longo da noite.

É nesse momento que vamos ao WC e que entendemos que, com a habitual pressa, apenas maquilhamos um olho, ou melhor ainda, metade do baton já está colado nos dentes da frente e alguns dos ditos grelos presos nos laterais. Não é glamouroso, mas acontece: a todas.
Eu tenho uma teoria em relação a esta súbita falta de inspiração e não, não vou culpar a timida primavera que já deveria ter rebentado, inclusivamente com as hormonas.

Na verdade eu acho que a culpa é do Facebook: podem ser o futuro, mas as redes sociais estão a dar cabo das boas crónicas. De cada vez que acontece uma coisa excitante é só pegar no Blackbery e actualizar o estado em vez de matutar no assunto e escrever um texto capaz de vos prender durante os quinze minutos em que deveriam, diariamente, escovar os dentes para que o fluor faça realmente efeito e se evite a tal da placa. A minha diz STOP.

Para o próximo mês prometo regressar com um tema mais quente que as roupas da Beyoncé, nem que para isso tenha de desistir do Farmville que, por falar nisso, já me anda a enervar mais do que as empregadas de bar que ainda nao sabem dizer "Boa Noite" e acham que um top acima do umbigo é "the ultimate fashion statement". E com esta vou ver com o Dexter está capaz de matar neste episódio. Como estou longe, sei que a falta de latim de qualidade me tira das lista dos candidatos. Shame on me, mas todos temos dias assim.

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