sábado, 31 de março de 2007

Meter a Cunha

No Dia Internacional da Arrumação Tendo Em Vista o Bem-estar Caseiro, tive direito a duas conclusões:A minha colecção de sapatos cresceu muito mais do que os meus pés podem sequer palmilhar e 90% das minhas crónicas falam deles.Já era tempo de dedicar uma crónica aos sapatos.

Geralmente, é uma coisa que os homens não entendem. Que muitas mulheres consigam gostar até, eventualmente, mais de sapatos do que deles. Dos homens no geral e de algum sacana que não nos osculou decentemente, em particular.A minha patologia é específica: Quanto mais conheço os homens, mais gosto de sapatos.A explicação é uma mera questão de centímetros, e sou rapariga para dar com um tacão na língua dos que dizem que tamanho não importa.Pelo menos nos sapatos um centímetro a mais – ou a menos! – Faz rapidamente a diferença entre vulgar e elegante.

Tenho para mim que nos homens também.A imensa vantagem dos sapatos é que, para além de serem cúmplices em todas as situações, conferem poder. P-O-D-E-R. Força. Status. Confiança. Uns peep-toe Manolo Blahnik transformam qualquer mulher na mais poderosa das Barbarellas. Na mais carnal das deusas (definitivamente, tenho de parar de ler a Maria!)Sapatos são carácter. E só de ter escrito isto (e isto e a tal coisa de ler a Maria) já me sinto muito melhor em relação aos 73 pares que me enchem as prateleiras e que emigraram já para esse território empoeirado denominado: Por baixo da cama.

Quando de trata de sair à noite, acreditem, as mulheres só admitem estar no primeiro andar. Temos de concordar: não só ficamos mais sexy, como mais elegantes, como Às quatro da manhã já não conseguimos dançar.Mas agora vocês, machos que enrolam as meias dentro dos sapatos para parecem mais altos, agora vocês finalmente conhecem as razões femininas e não, não somos nem Sado-masô, nem temos tendência para Gheishas.
Somos, tão somente, incapazes de abdicar do status de femme fatale, do ar de princesa, da elegância de Grace Kelly que vive um pouco dentro de nós (mas abdicamos da parte da morte trágica, ok?)

Assim, rapaziada noctívaga com reminiscências cavalheirescas, quando as vossas namoradas, amigas, esposas, amantes ou blá-blá-blás começarem a cambalear pensem em que centímetros podem elas estar a precisar mais… Peguem nelas ao colo com carinho, tirem-lhes os sapatos (que devem guardar com a própria vida) e à falta de charme ou mioleira pensante pode ser que este gesto vos faça meter a cunha e levar para casa uma verdadeira princesa.

1 comentário:

GUSTAVO RAMOS disse...

...afinal a "cunha" é outra...

;)