Ao melhor estilo de um mito urbano um destes dias li, numa revista ou jornal qualquer, oferecido por um amigo de um amigo, um artigo que apresentava – nuas e cruas (com certeza mais nuas) – as opiniões dos homens sobre o que as mulheres vestem.
Já tinha percebido que para eles está na moda essa coisa do mtetrosexual mas que sejam, agora, capazes de olhar para além do próprio umbigo pareceu-me sureal.O meu inconsciente lá me ia dizendo: “olhe que não, olhe que não…”, mas ao fim de 3 linhas percebi que tudo continua exactamente como era. Os homens ainda não percebem nada de roupa.
Nem de a vestir e muito menos de a despir (a habilidade para colchetes não é, definitivamente, genética). Menos ainda, percebem de mulheres.
Garantia o dito artigo que Deusas inspiradoras para qualquer criatura de bom gosto, como Audrey Hepburn, não são atraentes para a maioria dos homens. Eles não apreciam a saia travada, os pumps intermináveis e a classe no geral. Basicamente, os homens gostam de um bom decote, de uma bela mini-saia e, de preferência, de uns compensados em cristal barato a lembrar a striper da despedida de solteiro do primo Zé Manel padeiro.
Tudo bem, primaços, se a mulher não for a vossa, claro. Porque aí, comparsas das costas ao léu, a história já não é tão carnal. Se a mulher for a vossa, o melhor mesmo é que se inspire na tal da Andreia Hipsdontlie antes de sair de casa.
É a velha história do olha para o que digo, não olhes para o que eu faço. Em teoria, todas as mulheres podem mostrar o que têm de melhor. Na prática, todas, menos a legitima de cada metrosexual de nomenclatura, para não dizer mesmo, de cavalgadura.Remoí algum tempo esta dicotomia masculina, sem resultados. Afinal, pensava a minha mente ingenuamente angustiada, se têm mulheres giras… o natural seria querer mostra-las!
Nada disso minhas senhoras, que resperitinho-é-muito-bonito-e-eu-gosto. Não é que eles estejam legitimamente preocupados com a cambada de abutres que nos podem cair no regaço virginal (tá bonito! Digam lá?).
Na verdade e, como sempre, eles estão apenas preocupados com eles próprios, obvio! Não sei se a ordem mental será exactamente esta porque, felizmente, não conheço tão intrinsecamente a cabeça dos homens (há coisas que me interessam e outras que, simplesmente, não) mas julgo que a massa sebosa, digo, cinzenta deve conter códigos base como:
-“Os meus amigos vão dizer que ando com uma porca!”
– “Os meus amigos vão pensar que ela me mete os cornos… Afinal o que faria uma tipa como esta com um bacano como eu?”
– “E agora? Tenho de estar de olho nesta beca!!! Como é que vou galar a filha do Joaquim do talho? Tou tramado!!!!”
Ser macho é lixado! E pensar que esta foi a única evolução que exigiram aos homens nos últimos tempos… de broncosauros para metrosauros e mesmo assim… parece que continuam todos no paleolítico urbano-opressivo.
Já nós, as mulheres sapiens, que inteligentes somos sabemos muito bem como os fazer acreditar que sim-querido-claro-tu-e-que-mandas. E eles, há seculos, acreditam. Até acreditam que há crocodilos nos esgotos, acreditam que a Pamela Anderson não tem silicone e acreditam que o Elvis foi raptado e casou com a Marylin nas Maurícias.
Acreditam que continuam a ser o sexo forte, que se podem impor ora pela força, ora pela violência, acreditam que temos de ser magras para sermos felizes, acreditam que, depois de magras, só somos felizes acompanhadas e acreditam que quando saímos à noite de mini-saia ou de decote somos uma largadas à caça de homem… Enfim: Mitos urbanos… Iguaizinhos a encontrar um metrosexual na nocturna portugalândia.
Ah, só para esclarecer, GOLF não são as inicias de: Gentlemen Only, Ladies Forbidden… e se não sabem se conseguem chegar ao buraco, o melhor mesmo é não darem a tacada.
sábado, 31 de março de 2007
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2 comentários:
Pera! Tu tens um blog!!! weeeeeeeeeeeeeee
Bem Mariana, hoje não resisti a visitar o blog, mesmo cheio de trabalho... Que se lixem as maquetas, os projectos, as fotografias...MARIANA ao poder!
;)
DESTACO:
"primo Zé Manel padeiro"
"a filha do Joaquim do talho"
"os meus amigos vão dizer que ando com uma porca!"
"paleolitico urbano-opressivo"
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